A Polícia Federal divulgou nesta sexta-feira, 26, o resultado das investigações sobre o rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, ocorrido no dia 25 de janeiro de 2019 e que matou 272 pessoas. A conclusão da perícia técnica feita aponta que a Vale realizou perfurações verticais na barragem, e que isso foi o gatilho para a liquefação dos rejeitos.
Segundo a Polícia Federal, a Vale contratou, em outubro de 2018, uma empresa para identificar as condições de resistência da barragem. Em dezembro do mesmo ano, a empresa contratada entregou o relatório sobre a situação do local e logo em seguida, a Vale iniciou diversas perfurações, para identificar o tipo de material existente na barragem. A empresa teria começado as perfurações em pontos mais sensíveis da barragem, 5 dias antes do rompimento.
De acordo com as investigações, os piezômetros, instrumentos de monitoramento instalados na barragem pela Vale, não identificaram o processo de liquefação, que ocorreu de forma rápida, desde o início das perfurações.
A Polícia Federal informou ainda, que a partir do laudo apresentado, novas diligências serão realizadas e a investigação do caso continuará.
Em nota, a Vale informou que tomou conhecimento do laudo apresentado pela Polícia Federal e que vai se pronunciar somente após as avaliações do material, que serão feitas pelos seus advogados.