O diabetes gestacional acomete cerca de 25% das mulheres no mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e, quando não identificado e tratado adequadamente, provoca graves riscos, inclusive de morte.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Minas Gerais (SBEMMG), Rodrigo Lamounier, o problema é decorrente do aumento da produção de hormônios com a gestação, ocasionando uma resistência insulínica, elevando a presença de açúcar no sangue e provocando complicações. Alguns fatores aumentam os riscos, como o sobrepeso ou obesidade antes da gestação, o ganho de peso anormal durante o período, a síndrome do ovário policístico, uso de medicamentos para controle da hiperglicemia, problemas com hipertensão ou triglicérides e circunstâncias obstétricas anteriores, como uma perda gestacional.
Geralmente, o diabetes não costuma apresentar sintomas, mas em alguns casos, é possível observar a presença dos sinais mais tradicionais, como boca seca, alta ingestão de água e a vontade frequente de urinar, cansaço e vista turva, porém, neste tipo de patologia, também é possível identificar um excesso de aumento de peso.
Rodrigo afirma que a doença tem diagnóstico e controle com exames durante o pré-natal, associados à manutenção de uma vida saudável e o uso de medicamentos. O diabetes gestacional poder provocar um parto prematuro, aborto, pré-eclâmpsia (doença exclusiva da gravidez ligada à hipertensão) e diabetes. Para a criança, o recém nascido pode apresentar hipoglicemia e morrer, além de ter alguns órgãos mais desenvolvidos que outros, desenvolver diabetes na infância, ter síndrome metabólica e predisposição para obesidade.