O cotidiano cada vez mais agitado, repleto de responsabilidades e obrigações, é um facilitador para o estresse entre milhares de profissionais, atuando nas mais diferentes áreas. Os bancários estão entre os mais afetados, sendo frequentemente diagnosticados com a síndrome de burnout.
Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre 2013 e 2020, revelou que mais de 20 mil bancários tiveram de ser afastados de suas atividades. A verdade é que precisam lidar com assédio e perseguições e, ao mesmo tempo, serem eficientes e assertivos, proporcionando bons resultados.
Segundo a psicóloga e advogada do escritório Vasconcelos Rodrigues de Oliveira Advogados Associados, Maria Inês Vasconcelos, o ambiente de trabalho hostil compromete a saúde mental, independentemente da área de especialidade e função. Afinal, a médio e longo prazo, apresentam sinais de esgotamento.
O convívio estimula o burnout, também chamado de síndrome do esgotamento profissional, principal motivo para afastamento. O distúrbio emocional decorre da exaustão extrema, estresse e esgotamento físico. Os sintomas são cansaço e fadiga excessivos, físico e mental, causando dores de cabeça, mudanças de humor, elevação dos batimentos cardíacos, apetite, baixa concentração, problemas gastrointestinais, isolamento, pensamentos negativos, como incompetência, insegurança, fracasso e dores musculares.
Maria Inês ainda lembra que os bancários também são uma as principais profissões no ranking do suicídio. Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) apontou que, entre os anos de 1996 a 2005, 181 suicídios ocorreram nessa categoria, ou seja, uma média de um a cada 20 dias. Uma pesquisa da DataLawyer registrou que os bancos superam as empresas de teleatendimento, com mais de 2.468 processos, entre 2014 e 2021, sendo que o total apresentou um crescimento de queixas de 500%, no mesmo período.
Fonte: Agência/Multi Comunicar