Assim como a incidência de algumas doenças oculares é mais frequente no inverno, o mesmo acontece no verão, com as altas temperaturas e hábitos tradicionais da temporada, que merecem atenção para não estragar as férias.
Segundo a oftalmologista e diretora do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Juliana Guimarães, a conjuntivite é muito comum nessa estação, devido à maior prática de atividades ao ar livre ou ambientes muito cheios, aumentando o risco de contrair um vírus ou bactéria, que atinge a membrana que reveste os olhos e as pálpebras.
Existe também a conjuntivite tóxica, termo utilizado para indicar casos originados da aplicação de produtos no rosto, próximos aos olhos, podendo atingi-los. O protetor solar é o mais comum durante o verão, principalmente, por escorrer devido ao suor.
Os principais sintomas são o lacrimejamento intenso, a sensação de areia nos olhos, olhos vermelhos e as pálpebras inchadas, podendo durar semanas, mesmo com tratamento.
É possível diminuir o risco de contágio com cuidados básicos, como a constante higienização das mãos, não tocar os olhos, evitar cumprimentar outras pessoas, não compartilhar itens pessoais, trocar itens de cama e banho com maior frequência e fugir de aglomerações, ou ao menos, ter cuidado ao frequentar certos locais, principalmente, se um surto de infecções for identificado na região.
Em caso de suspeita, Juliana explica que a recomendação é consultar um oftalmologista para análise ocular. O problema costuma desaparecer em até 15 dias, apenas através de cuidados, como a aplicação de compressas com soro fisiológico, mas o uso de colírios deve ser indicado, notadamente, se a conjuntivite possuir origem bacteriana, evitando a piora dos sintomas e o consequente prolongamento do desconforto.