Imagens de um circuito de segurança mostram o momento exato em que um grupo de apoiadores e o pré-candidato a prefeito, Guilherme Morais, do PSD, se aproximam do carro, onde o empresário Angelo Lima, conhecido como Lolota, dono do jornal Circuito Notícias estava. O incidente ocorreu na manhã da última quinta-feira, 8, durante um evento político na Câmara Municipal de Brumadinho, sobre a apresentação de uma denúncia contra o vereador Gabriel Parreiras, do PRD, que é vice na chapa de Guilherme. A reunião foi cancelada após manifestantes impedirem alguns vereadores de acessarem o prédio da Câmara.
De acordo com o empresário, ele foi até o local para cobrir o ato político, quando foi hostilizado pelos apoiadores de Guilherme e Gabriel. Segundo Ângelo, ao tentar sair do local, foi agredido por apoiadores e pelo próprio pré-candidato a prefeito Guilherme Morais. Ângelo disse em um vídeo que levou socos na boca e no nariz, teve seu carro amassado e seu celular roubado.
Em outra versão apresentada pelos apoiadores, um assessor do pré-candidato candidato diz também ter sido atropelado pelo empresário quando saia do local.
Imediatamente após o ocorrido, o dono do jornal registrou um boletim de ocorrência na delegacia Brumadinho e fez exames de corpo delito relatando não apenas a agressão, mas também ameaças feitas por Morais e seus apoiadores. O caso está sendo investigado pela polícia, que já iniciou a coleta de depoimentos e imagens de câmeras de segurança da área.
Em resposta às acusações, Guilherme Morais divulgou uma nota em suas redes sociais, onde nega qualquer envolvimento nas agressões e afirma que a situação foi distorcida. E disse também que seu apoiador é que foi atropelado.
O episódio gerou repercussão nas redes sociais, com muitos apoiadores e críticos dividindo opiniões sobre a conduta de Morais. A situação se torna ainda mais delicada à medida que as eleições se aproximam, e a imagem do pré-candidato pode ser ainda mais afetada negativamente por este incidente, já que Guilherme possui também outros processos na justiça, onde é acusado de estelionato, tentativa de homicídio e pedofilia. Guilherme pode enfrentar também um processo eleitoral o qual pode torná-lo inelegível.
O caso envolvendo Guilherme Morais e o dono do jornal destaca as tensões que podem surgir no cenário político, especialmente neste período pré-eleitoral. A sociedade civil e os órgãos responsáveis devem acompanhar de perto a investigação e garantir que a verdade prevaleça, independentemente das afiliações políticas e que o trabalho da imprensa seja amplamente preservado e respeitado dentro do processo democrático.