Queimadas e o risco para a saúde ocular

Especialista alerta: contato com a poeira, fuligem e elevadas taxas de carbono altera a capacidade de produção da mucosa da lágrima e inflama as glândulas das pálpebras

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Nas últimas semanas, diversas cidades mineiras acordaram cobertas por fumaça e fuligem, provocando muitos incômodos e risco à saúde, uma vez que se trata de uma situação extremamente tóxica, inclusive para a saúde ocular.

O olho seco é uma condição comum durante o inverno, devido à baixa umidade relativa do ar e a inversão térmica que, consequentemente, eleva a concentração de poluentes na atmosfera, contribui para a lágrima evaporar mais rápido, causando efeitos adversos, principalmente, na presença de elevados níveis de fumaça.

A oftalmologista do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Paula Guimarães, alerta que o contato com a poeira, fuligem e elevadas taxas de carbono altera a capacidade de produção da mucosa da lágrima e inflama as glândulas das pálpebras, cuja função é evitar a rápida evaporação. Os principais sintomas são a sensação de ardência, areia e secura, queimação, vermelhidão, visão embaçada e a fotofobia – a sensibilidade extrema à luz.

As queimadas já se tornaram comuns durante o período mais seco  e a recomendação é atenção aos cuidados para evitar o máximo possível dos efeitos. A população deve manter a hidratação, usar umidificadores de ar, optar por ambientes arejados, evitar coçar os olhos – para não causar lesões secundárias – e consultar  um oftalmologista em caso de sintomas. 

Paula explica que o profissional pode indicar colírios ou pomadas lubrificantes e, até mesmo, anti-inflamatórios ou antibióticos, adequando às condições de saúde.  A automedicação nunca é indicada e ainda pode piorar a condição.       

Fonte: Multi Comunicar/assessoria de comunicação

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