Casos de Retinopatia Diabética podem chegar a 39% dos diabéticos

A tendência é que seja mais comum entre aqueles que se encontram com níveis descontrolados de glicose

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O Ministério da Saúde estima que até 39% dos brasileiros com diabetes terão retinopatia diabética. A patologia compromete a visão e pode levar a pessoa à cegueira. O Ministério da Saúde acredita que até 90% dos diabéticos tipo 1 e até 60% daqueles que possuem o tipo 2 da doença, que sejam portadores há pelo menos 20 anos, venham sofrer com algum grau de retinopatia, o que apenas reforça a necessidade de manter ao menos, uma frequência de visitas anuais a um consultório.

De acordo com a oftalmologista e diretora do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Juliana Guimarães, a retinopatia diabética tende a surgir em todos os indivíduos portadores do diabetes, mesmo que sejam tratados ou não, com a insulina. A tendência é que seja mais comum entre aqueles que se encontram com níveis descontrolados de glicose, ou seja, com uma alta concentração de açúcar no sangue.

A característica é considerada bastante perigosa, pois, aos poucos, o nível glicêmico elevado atinge os vasos sanguíneos, inclusive os da retina, deixando-os mais estreitos e, consequentemente, reduzindo o fluxo sanguíneo local.

A retina é a fina camada transparente que reveste a parte posterior do olho, sendo responsável pela formação da visão, sendo necessário ser alimentada adequadamente com sangue e oxigênio. 

Os sintomas da doença são a visão embaçada, turva ou dupla, a percepção de luzes piscando, aneis ao redor das luzes, pontos em branco, escuros ou flutuantes no campo de visão, manchas escuras, dificuldade para perceber cores, vermelhidão, pressão e dor.

A oftalmologista explica que o diagnóstico ocorre com o exame de fundo do olho, chamado de fundoscopia, a angiofluoresceinografia – para determinar a extensão do problema, locais com pouco fluxo sanguíneo e a formação anormal de vasos e a tomografia de coerência óptica, para avaliar a gravidade do edema macular.

O tratamento envolve o acompanhamento com endocrinologista, nutricionista com dieta para controle da glicose. O oftalmologista vai indicar injeções intravítreas, cirurgias ou o tratamento a laser conforme a necessidade e gravidade de cada paciente.

A injeção é considerada uma alternativa moderna e bastante eficaz, sendo aplicada com anestesia local e duração média de cinco minutos. O processo permite retomar as atividades cotidianas rapidamente, evitando apenas atividades intensas, porém, costuma ser o custo-benefício que acaba tornando o laser, o favorito.

Juliana recorda que todo o processo controla o avanço da ocorrência, que não possui cura e, por isso, precisa ser acompanhada para prevenir a cegueira. É por esse motivo, que é tão importante se preocupar com o diagnóstico precoce. 

Foto: Freepik

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