As redes sociais, sem a menor sombra de dúvidas, são uma excelente ferramenta de comunicação, informação, conhecimento e de interação e vieram para ficar. Neste artigo, refletiremos sobre dois pontos de fundamental importância relativos ao uso das redes.
Siga João Relâmpago no Instagram: @joaorelampagooficial
O primeiro deles é que jamais nos esqueçamos de que o contato virtual, sob nenhuma hipótese, poderá abarcar o carinho, o afeto e a energia de um abraço bem apertado, um beijo, um sorriso, um cheiro no cangote e um encontro real com aqueles que fazem parte da nossa história. Creio que grande parte dos leitores vai concordar com este ponto de vista.
Contudo, a segunda análise é extremamente mais complexa. Até que ponto, nós, receptores, somos capazes de filtrar um conteúdo que nos agrega algum tipo de valor cultural, científico e moral, com uma temática de pessoas despreparas e fúteis, que nada tem a acrescentar às nossas vidas? E preferi até separar outro tipo de tópico que aqui tratarei tão somente como entretimento. Afinal de contas, uma pessoa mergulhada em uma piscina com gelatina, gelo ou farinha de trigo, não se enquadra, diretamente, no que propomos para este texto. São meras “bobagens”, mas, que agradam um grande público.
Cada um de nós tem o assunto que mais nos interessa e aqui não existe e nunca existirá juízo de valores. Eu mesmo confesso que, em alguns momentos, me divirto e dou boas gargalhadas, com asserções bem excêntricas, engraçadas e pitorescas.
Mas o que me incomoda, principalmente, como jornalista, escritor e formador de opinião, é a chamada “cultura das celebridades” que se tornaram um modelo de comportamento para muitos. Incluindo também as pseudo-celebridades como, por exemplo, os ex-participantes de reality shows e até mesmo alguns personagens “meteoros” que, vez em quando, saem do anonimato e, em um espaço curtíssimo de tempo, já são considerados influenciadores e passam a ditar regras de comportamento, alimentação, culinária, tecnologia, política, religião e, pasmem, até influenciando, de forma tendenciosa e, muitas vezes, maldosa e com informações mentirosas, as famosas “Fake News”, que eu, como admirador da nossa riquíssima língua portuguesa e, totalmente contra o estrangeirismo, denominaria como “Notícias Falsas”, para uma grande seara de desavisados.
Atualmente, temos um vasto conteúdo de excelente qualidade que é disponibilizado de graça na internet por pessoas que estudaram, se prepararam e dominam o conteúdo a que se propuseram. Da mesma forma, infelizmente, milhares de “influenciadores”, e aqui não incluo os entretimentos, levam ao ar pautas que não tem como outro objetivo desinformar e confundir a nossa mente. Pessoas que não tem o mínimo de competência para tratar de algum tema, nos dias atuais, tem milhões de seguidores fieis e, como dissemos acima, ditam regras de comportamento sem mesmo saber como se comportar.
Cuidado! No Brasil ainda não há uma regra clara que regulamente as redes sociais e qualquer pessoa, mesmo que não tenha o mínimo de conhecimento ou formação em determinado assunto, em um piscar de olhos, já são considerados especialistas em diversos assuntos. E deixo bem claro que sou totalmente contra qualquer tipo de censura, desde que não violem os princípios legais da nossa Carta Magna e, claro, sejam temas que não sejam contrários à família, aos bons costumes e, sobretudo, não divulguem algo que irá influenciar, negativamente, as nossas crianças, os eleitores e a sociedade em geral.
O certo é que, sem bem exploradas, se tornaram um instrumental de grande importância para todos e, se utilizada da forma correta e, sobretudo, que estejamos sempre de vigilância para separar o joio do trigo, e para isto existem sites sérios e com credibilidade comprovada, estaremos sempre inteirados e ligados nesta promissora onda digital. Esta é a minha opinião! Um abraço e até a próxima!