Queimadas tomam conta de Brumadinho e do Brasil

É profundamente lamentável é que muitos desses incêndios são criminosos ou simplesmente uma consequência do descuido irresponsável e comodista de algumas pessoas

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Coluna jornalista Valdir de Castro

Paradoxalmente, a região amazônica, considerada um paraíso das águas e pulmão do mundo, vive hoje uma intensa seca ao lado de grandes devastações florestais provocadas pelo fogo.

Simultaneamente convivemos recentemente também com os dramáticos e devastadores incêndios florestais que tomaram conta do Pantanal que consumiram boa parte dos seus recursos florestais e de sua fauna.

E agora, através de notícias e de imagens dramáticas mostrados pela televisão e pelos jornais, estamos a testemunhar diferentes e intensos focos de incêndios vindos de São Paulo onde municípios e estradas estão praticamente cercados pelo fogo e pela fumaça com incalculáveis prejuízos para a economia e a saúde das pessoas.

Em Minas Gerais, neste período de tempo seco, vem acontecendo a mesma coisa e, em particular, em Brumadinho de onde pipocam diferentes focos de incêndios daqui e dali e a fumaça que vão tomando conta dos nossos céus e deixando o ar irrespirável, não obstante o trabalho heroico dos bombeiros e dos brigadistas locais voluntários.

Diante disso testemunhamos de como o fogo vem ganhando esta batalha diante de um clima extremamente seco e de uma vegetação igualmente ressecada.

Essa situação, além de destruir o nosso debilitado meio ambiente e sua respectiva fauna, traz também profundas consequências para a saúde das pessoas e para a economia local como uma amostra do avanço das mudanças climáticas previstas pelos cientistas e por muitos ambientalistas contemporâneos.

Mas o que é profundamente lamentável é que muitos desses incêndios são criminosos ou simplesmente uma consequência do descuido irresponsável e comodista de algumas pessoas que para se livrar de alguns amontoados de lixo ou de mato daqui e dali se valem do fogo. Em consequência tornam o ambiente pleno de fumaça e de chispas que, levadas pelo vento, provocam incêndios em outros lugares, como terrenos, lotes, quintais provocando profundos prejuízos e desconfortos nos vizinhos, no meio ambiente e na fauna local.

Nestas condições Minas Gerais está literalmente está pegando fogo. Minas Gerais já é o sétimo estado do País com mais incidência de queimadas em agosto, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Do dia 1º deste mês até o dia 23 deste mês foram identificados, via satélite, 1.520 focos de incêndio, o que inclui grandes áreas verdes e as nossas regiões de cerrado e de caatinga.

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