Por Dr. Eduardo Brunetti Cunha
Caros leitores, é com enorme prazer que inicio essa coluna onde iremos falar muito sobre “a tão aclamada na atualidade”, CIÊNCIA. Palavra que vem do latim scientia, que significa “conhecimento” ou “saber”. Segundo o dicionário Aurélio significa “Conhecimento; Conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio”, e segundo o dicionário Infopédia “domínio do conhecimento com um objeto predeterminado e um método próprio, fundamentado em relações demonstráveis objetivamente”. Então basicamente é um modo de ver e entender os fenômenos naturais, para explicar como as coisas e o universo funcionam.
As ciências naturais e principalmente a Ciência da Vida, está sendo muito discutida atualmente, pois é uma forma de adquirir um determinado conhecimento baseado no método científico (geralmente sistemático ou observacional), como por exemplo: os medicamentos, os aparelhos eletrônicos, as bombas e armas (químicas e/ou biológicas), e com certeza as vacinas foram criadas seguindo critérios científicos. As próprias projeções das consequências ambientais do rompimento da barragem em Brumadinho são frutos de trabalhos que tem por princípio o método científico.
Maaas, porém, contudo, todavia, entretanto, infelizmente estamos ficando acostumados ou melhor dizendo… “bitolados” a acreditar que APENAS algo que veio da ciência, de um artigo científico ou de um método científico é verdadeiro, e na realidade não é bem assim, a ciência não é assim. Como muito bem colocou um o filósofo da ciência, especialista em tecnologia e em filosofia da ciência e professor convidado permanente na Universidade Harvard, Dr. Bruno Latour, “O objetivo da ciência não é produzir verdades indiscutíveis, mas discutíveis”.
Precisamos lembrar de algo que costumamos chamar de “conhecimento popular” e para exemplificar isso podemos usar aquela frase que quase todo mundo já escutou… “deixa que a vó vai fazer um chazinho pra você…” em muitas dessas vezes a sua vó tinha razão. Tanto que existem muitos cientistas/pesquisadores que ficam “caçando” essas crendices populares para testar em seus laboratórios, e por incrível que pareça, muitas delas realmente funcionam.
Ok, em resumo, o que isso quer dizer?
Não quero confundir a cabeça de vocês, mas quero que vocês entendam que essa coisa linda que chamamos de ciência, não é exata, e que suas teorias são constantemente testadas, visando sua comprovação ou substituição por outra teoria. A ciência precisa ser objetiva, verificável, controlada e principalmente lógica, pois a lógica é a base da ciência.
Nas próximas edições iremos abordar temas como plantas medicinais e suas aplicações, problemas ambientais e saúde, atividade física e bem-estar, genética e prevenção, diagnósticos e doenças, entre vários outros.
Espero ver vocês aqui em breve!
Vamos que vamos com fé e coragem!
SUGESTÕES PARA LEITURA:
- C. Enzinger e colaboradores (2008) Brain motor system function in a patient with complete spinal cord injury following extensive brain-computer interface training. Experimental Brain Research 190:215-223.
- https://www.comciencia.br/falsa-ciencia-e-pos-ciencia/
- F.H. Rauscher e colaboradores (1993) Music and spatial task performance. Nature vol. 365: p. 611.