Cores que vão além das tintas: um alerta à preservação da vida

Um projeto idealizado pela Artista Plástica, Anna Göbel e que conta com o apoio de Camile Pasqualotto e participação do Movimento Águas e Serras está dando vida à murais e espaços públicos de Brumadinho. Esse final de semana, a casa paroquial Dona Bela, em Piedade do Paraopeba ganhou destaque com o trabalho do grupo, que contou também com a participação da Renser – Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário, ligada à Arquidiocese de Belo Horizonte.

As pinturas no mural da Casa de Retiro retrataram a necessidade do cuidado com o meio ambiente. “A cor transforma espaços de forma muito rápida. E quando envolve a comunidade, isso leva a enaltecer o ser humano e chama a atenção das pessoas para cuidar do seu próprio habitat, principalmente neste momento que passa Brumadinho, ainda com os problemas da mineração, Piedade do Paraopeba também sendo afetada de alguma forma pelas atividades minerárias. Então esses espaços ganham um desejo, um sonho de um viver mais sustentável e mais inclusivo, ressalta Anna Göbel.

Dom Vicente, Bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, fala sobre a importância da arte envolvendo a comunidade. “Trazer essas figuras para os espaços públicos, tem o objetivo de transmitir a beleza da vida. São Francisco é um grande exemplo desta mensagem. A esperança, um novo tempo, o respeito à vida. E nossa igreja tem esse papel, de transformar nosso meio. Esse é o nosso compromisso, com referência também a mensagem ‘Laudato Si’ – ‘Louvado Seja’ da encíclica Papa Francisco, muito importante sobre a ecologia integral, tão necessária aos dias de hoje”, afirma Dom Vicente.

Segundo a organizadora do projeto, o objetivo é dar sequência e estender a outros espaços das comunidades da região. O trabalho coletivo busca trabalhar a discussão atual sobre a questão dos mananciais, da água, da natureza e todo esse processo de preservação do meio ambiente.

Em maio deste ano, o grupo promoveu a primeira ação no município, na Escola Municipal Carmela Caruso Aluoto, em Casa Branca, depois que o espaço foi pichado por vândalos. A arte retratou as riquezas da fauna e flora de Brumadinho, com uma mensagem sobre os cuidados com a natureza.

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