A comunidade de Córrego do Feijão, em Brumadinho, recebe, no próximo sábado, 28 de outubro, o espetáculo Nhoque, do tradicional grupo de teatro mineiro Armatrux. A apresentação, patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, é a primeira do tipo a ocupar o palco do Centro de Cultura e Artesanato Laudelina Marcondes, um dos cinco espaços públicos construídos pela Vale como parte do processo de ressignificação da comunidade, após o rompimento da barragem B1, em 2019.
Junto com o centro de cultura, os moradores receberam uma praça central, um mercado e duas cozinhas comunitárias. As intervenções – que incluem ainda um campo de futebol e outros espaços de lazer que estão em fase de construção – marcam um novo momento do Córrego do Feijão, com espaços de convivência, cultura e bem-estar para a população, aliados a projetos de geração de emprego e renda, fomento ao turismo e melhora da infraestrutura urbana.
Os moradores utilizam a Praça 25 de Janeiro para atividades de lazer e confraternização. (Foto: Ovelha Exco /Jesse Ribeiro)
“Quem chega ao Córrego do Feijão hoje encontra um lugar agradável que reúne natureza, boa comida e artesanato”, conta Ana Paula dos Santos, presidente da Associação Comunitária local. A moradora diz que o movimento de visitantes vem crescendo. “Muita gente tem passado por aqui, tanto durante a semana, como aos sábados e domingos. As pessoas chegam, relaxam na praça, comem, visitam o mercado e fazem compras. Com a conclusão das próximas obras, como o campo de futebol, teremos ainda mais atrativos”.
De acordo com Flávia Soares, Gerente de Fomento Econômico da Diretoria de Reparação de Brumadinho, “por trás dos locais entregues há um trabalho, executado em parceria com o Instituto Rede Terra, que busca fomentar a economia e o turismo local, além de apoiar a comunidade na gestão desses espaços de forma participativa”. Ela conta que, desde 2019, produtores locais recebem apoio para a estruturação e aprimoramento de suas atividades. Nesse período, sete negócios foram incubados e, atualmente,13 recebem assessoramento técnico.
“Com a entrega dos novos equipamentos comunitários, esses produtores passaram a utilizá-los para produção e comercialização local. Atualmente são fabricados produtos de padaria e confeitaria, na cozinha; e de artesanato, como crochê, bordado e saboaria, no centro de cultura e artesanato. Tudo é exposto e comercializado no Mercado Central Ipê Amarelo”, diz. Ela afirma que todas as iniciativas em andamento no território foram pensadas junto com os moradores e de forma articulada.
Sônia Aparecida Silva Olivera, do grupo Feito por Nós Padaria, utiliza a cozinha comunitária para preparar suas receitas. (Foto: Ovelha Exco /Jesse Ribeiro)
Outra frente em andamento é a urbanização completa da comunidade, com a implantação de um novo sistema de saneamento básico, modernização da rede de abastecimento de água, iluminação pública e pavimentação de todas as ruas.
Recentemente, Córrego do Feijão foi incluído no Projeto de Regularização Fundiária Urbana – parte do Acordo de Reparação Integral assinado em 2021 pela Vale, pelo Governo do Estado de Minas Gerais, Ministérios Públicos Federal e do Estado de Minas Gerais e Defensoria Pública de Minas Gerais, para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho. Esse projeto constitui uma das obrigações de fazer a cargo da Vale.
Por meio do projeto, todas as áreas públicas e privadas da comunidade serão regularizadas e os moradores terão seus títulos de propriedade registrados em cartório. A nova situação fundiária do Córrego do Feijão, somada às obras de infraestrutura urbana executadas pela Vale, garantirão autonomia à população e amplo acesso aos serviços sociais e urbanos.
Mais informações sobre o Córrego do Feijão estão disponíveis no site www.visitecorregodofeijao.com.br e nos perfis de instagram @mercadoipeamarelo e @centrodecultiraeartesanato.
Espetáculo Nhoque, para todas as idades
Dirigida por Paula Manata e patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, “Nhoque” é a montagem mais recente do grupo. Em cena, atores, uma banda de bonecos, projeções, dança e muita música. No repertório, assinado por John Ulhoa (Pato Fu) e Richard Neves, clássicos de Tim Maia, Vander Lee, Sidney Magal e Evaldo Braga, e ainda, composições exclusivas.
Antes do espetáculo, das 9h às 12h, a atriz Paula Manata ministrará, no Centro de Cultura e Artesanato Laudelina Marcondes, a oficina O ator, o objeto e a cena, voltada para atores em fase de formação, professores, estudantes de teatro e interessados em geral.
Grupo Armatrux
Formado em 1991, o Grupo Armatrux, vem ao longo desse caminho investindo em pesquisa teatral. Formado pelos atores Paula Manata, Tina Dias, Raquel Pedras, Cristiano Araújo e Rogério Araújo, sempre buscou a inovação em seus espetáculos e, ao longo dos anos, trouxe diferentes possibilidades para a cena, a cada montagem. O teatro físico, a música, o circo, o objeto, a dança e o boneco sempre fizeram parte da sua investigação cênica, resultando, assim, na criação de uma dramaturgia poética e imagética, bem original.
São 22 espetáculos, além de 3 curtas metragens e 1 exposição interativa. O Armatrux já se apresentou em vários países, em todos as regiões brasileiras e em mais de 60 cidades do interior de Minas Gerais, totalizando um público de mais 600 mil pessoas em suas apresentações e oficinas, voltadas para o público adulto e infantil.
SERVIÇO
GRUPO ARMATRUX apresenta NHOQUE em Brumadinho (MG)
28 de outubro, sábado – 19h
Local : Centro de Cultura e Artesanato Laudelina Marcondes
Endereço: R. Seis, s/n – Córrego do Feijão, Brumadinho
Acesso gratuito por ordem de chegada (sujeito à lotação)
Sessão com intérprete de libras | Classificação indicativa: livre
Oficina : “ O ator, o objeto e a cena “
28 de outubro, sábado – 9h às 12h
Vagas 20
Acesso gratuito
Inscrições neste link