Restauração da matriz de Piedade segue paralisada e sem previsão de entrega

Reforma já teria consumido mais de 3,5 milhões de reais. Outros 2,5 milhões ainda seriam necessários para a conclusão

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Já são mais de 7 anos de espera, desde o início dos trabalhos, em 2018, e ainda sem uma definição clara de quando serão finalizadas as obras de restauração da igreja matriz tricentenária de Nossa Senhora da Piedade, no Distrito de Piedade do Paraopeba, em Brumadinho. Na manhã desse domingo, 3, fiéis de várias comunidades da Paróquia Nossa Senhora da Piedade participaram de uma missa, celebrada pelo Pároco Padre Cláudio, que mesmo inacabada, abriram as portas da igreja. Faixas e cartazes foram colocados na entrada da templo cobrando mais transparência e a conclusão das obras restauração.

A obra está paralisada há pelo menos 2 anos. A reforma já teria consumido mais de 3,5 milhões de reais. Outros 2,5 milhões ainda seriam necessários para a conclusão, segundo a própria prefeitura. Mas, até agora não se sabe de onde sairão os recursos e nem mesmo quando as obras serão retomadas.

Durante a reunião de ontem, após a missa, ao ser questionado sobre a retomada das obras, o secretário municipal de Cultura e Turismo, Marcos Paulo, disse que o processo licitatório para finalização da obra está em andamento, mas não soube informar quando será concluído. Além disso, o secretário disse também que parte dos recursos virão do Ministério Público Estadual, através do projeto Sementes. O valor não foi informado. Essa negociação estaria sendo feita pela Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte. Nenhum representante da Arquidiocese compareceu no encontro de ontem.

Moradores também questionaram os representantes a empresa A3 Atelier, responsável pelos trabalhos de intervenção realizados no templo até agora. Entre os pontos levantados, alguns problemas como infiltrações encontradas nas paredes, restauração das peças artísticas e sacras, além do que ainda terá que ser feito no local.

De acordo com informações apuradas pelo jornal Folha de Brumadinho, a prefeitura e a Mitra perderam prazos e não entregaram documentações necessárias ao Ministério Público. Por isso, houve atrasos na disponibilização de recursos e consequentemente o andamento das obras.

Representantes da comunidade vão criar e formalizar uma comissão para acompanhar o andamento das obras. Segundo o grupo, é inaceitável a morosidade do processo e por isso medidas serão tomadas nos próximos dias junto aos órgãos responsáveis.

Na última quinta-feira, 29, o deputado estadual Leleco Pimentel, do PT, que presidiu a audiência pública, de autoria do deputado estadual João Vitor Xavier, realizada em 18 de julho do ano passado, na Assembleia Legislativa, visitou o templo, em diligências após as discussões no legislativo mineiro, sobre a paralisação do processo de restauração.

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