Uma confusão generalizada terminou com tiros de borracha, lançamento de gás lacrimogêneo e prisão na madrugada deste sábado, 25, em Tejuco. De acordo com populares, uma festa de pagode estava acontecendo em um bar na comunidade, além de carros de som na rua, quando policiais chegaram com truculência e atirando contra as pessoas que estavam no local. Moradores alegaram ainda que os militares chegaram a invadir residências.
Já a Polícia Militar disse que, por volta de 2 horas da manhã, policiais tentaram dispersar a população, quando foram recebidos com pedras, garrafas e tijolos. Pelo menos 300 pessoas estariam no local. Um reforço foi chamado para dar suporte à guarnição. Ainda de acordo com a corporação, os militares tiveram que utilizar instrumentos de menor potencial ofensivo, mas mesmo assim, populares continuavam a atacar os agentes e resistindo a ordem de dispersão.
De acordo com a Polícia Militar, uma mulher foi conduzida pelos policiais por desacato. Ela é esposa do vereador Ricardo da Tejucana, do PSL. Em entrevista ao jornal Folha de Brumadinho, Fernanda Mercês Pereira afirma que estava apenas filmando a ação dos militares, quando um policial chegou até ela e pegou seu celular. Fernanda afirma que foi, agredida, coagida e pressionada a apagar as imagens. Ela foi conduzida até a delegacia de Brumadinho, acompanhada de seu irmão e seu marido, mas foi liberada ainda na madrugada.
Sobre o evento realizado no local, o jornal Folha de Brumadinho procurou também a Prefeitura para falar sobre a festa e a fiscalização. De acordo com o órgão, não recebeu nenhuma denúncia, mas que shows estão proibidos no município, conforme Decreto Municipal e que bares podem funcionar, respeitando as regras sanitárias. A Defesa Civil Municipal disse que em momento algum também foi acionada.