O Comitê Popular da Zona Rural de Brumadinho e o Fórum de Atingidos e Atingidas pelo Crime da Vale acabam de elaborar um documento, que está sendo assinado por dezenas de Associações Comunitárias e entidades sociais do município pedindo a prorrogação do pagamento emergencial. O manifesto será entregue ao Juiz Helton Pupo, da 2ª Vara de Fazenda e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte.
No documento, os representantes pedem que a justiça reconsidere a decisão de cumprimento do prazo de elaboração de novos critérios para a continuidade do auxílio emergencial, em virtude da pandemia. A representante do Comitê Popular da Zona Rural de Brumadinho e do Fórum dos Atingidos e Atingidas, Fernanda Perdigão, fala da necessidade de reanálise da justiça sobre o caso, uma vez que a pandemia prejudicou e muito o avanço dos trabalhos tanto por parte das assessorias técnicas, como também das próprias comunidades que não tiveram como discutir amplamente a situação.
“Nós temos ciência de que não queremos e nem podemos ter esse recurso por muito tempo, mas tendo em vista a situação da pandemia, que agravou a situação econômica e impediu a participação popular nas negociações, além das dificuldades tecnológicas de grande parte da população, precisamos que a justiça faça a prorrogação por pelo menos mais 5 meses do pagamento emergencial, após a pandemia. Assim, passado esse momento de turbulência da pandemia, podemos ter uma discussão mais democrática, com efetiva participação das comunidades nesse processo, afirma Fernanda.
No dia 28 de novembro de 2019, a justiça determinou que a continuidade do pagamento emergencial aos moradores de Brumadinho seria feita com base em um levantamento da Assessoria Técnica escolhida para fazer o mapeamento no município. De acordo com a decisão, o pagamento emergencial para toda a população termina no próximo mês de outubro.