Pais de alunos da escola Padre Xisto, em Piedade, questionam a falta de professores

Alunos da segunda série do ensino fundamental, no período da tarde, ainda não tiveram aulas

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Quase uma semana após a prefeitura de Brumadinho ter anunciado a volta às aulas, algumas escolas da rede municipal estariam sem professores. Em Piedade do Paraopeba, por exemplo, pais de alunos disseram que seus filhos ainda não tiveram aulas normais.

Eles relatam que a segunda série do ensino fundamental, no período da tarde, não teve nenhum professor para lecionar. Os alunos estariam sendo enviados para a unidade todos os dias, mas sem ter as atividades de rotina. Os pais estão preocupados com a situação e temem pelo comprometido do desenvolvimento educacional dos estudantes.

“É um desrespeito com os alunos e com os pais. Eles estão perdendo muito conteúdo e não estão tendo vontade de ir à escola. Procurei informações com a direção da unidade e simplesmente o diretor disse não saber o porquê da falta dos profissionais. ”, afirmou uma mãe, que prefere não se identificar.

Ainda de acordo com os pais, diversas tentativas de contato também foram feitas com a secretaria municipal de Educação para saber sobre a falta de professores, mas ninguém do órgão até agora deu retorno sobre a situação. Eles também denunciam a prática de agrupamento de turmas diferentes com a supervisão apenas de secretárias.

Exigimos a normalização das aulas com a presença dos professores qualificados. Juntar as turmas de diferentes séries só prejudica ainda mais nossos filhos, além de causar uma série de transtornos até mesmo para os profissionais da própria escola, que estão sobrecarregados, afirma outro pai de aluno.

Apesar dos relatos da falta de professores, vários profissionais da educação estariam aguardando a chamada da secretaria de Educação. Muitos desses educadores teriam atuado nas unidades de ensino no ano passado, mas por questões políticas, estariam sendo barrados no processo de contratação.

O jornal Folha de Brumadinho procurou a prefeitura para explicar a situação nas escolas, mas até o fechamento desta reportagem não obteve resposta.

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