
Ambientalistas, moradores de Casa Branca e região se mobilizam mais uma vez contra as ameaças de manobras sobre a possibilidade de reativação das atividades minerárias no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, em Brumadinho. Uma reunião está marcada para acontecer nesta segunda-feira, 7, às 14 horas, no auditório do parque, com o Conselho Consultivo da Unidade de Conservação, para discutir ações da mineradora MGB na região.
De acordo com um comunicado divulgado pelo movimento ‘Rola Moça Resiste’, assinado em conjunto com o Projeto Manuelzão e representantes da comunidade local, um termo de compromisso envolvendo a mineradora MGB, que prevê o descomissionamento das barragens localizadas na Zona de Amortecimento do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, tem na verdade, a construção de uma estrada para escoar o minério proveniente das estruturas.
“É importante destacar que a referida “Zona de Amortecimento”, está localizada em uma importante Unidade de Conservação e Proteção Integral, que é o Parque Estadual da Serra do Rola Moça. O “Termo de Compromisso”, caso cumprido, poderá causar danos irreversíveis para a fauna e flora da região, além do comprometimento das águas e nascentes dos afluentes da bacia do Rio Paraopeba”, diz o comunicado.
Segundo ambientalistas, a preservação integral da região garantirá segurança hídrica, a qualidade do ar e do meio ambiente para toda a população da região metropolitana de Belo Horizonte. “Por isso, a participação das comunidades, das ONGS, dos movimentos socioambientais, da imprensa e demais interessados na manutenção da qualidade de vida é fundamental”, ressaltam as entidades.
O Parque Estadual do Rola Moça foi criado para ser um “captador de água” para o abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Possui seis mananciais de águas, classificadas pelo IGAM como sendo “especiais”. Suas nascentes abastecem as bacias do Rio das Velhas e do Rio Paraopeba. É também um espaço de lazer para a população da grande Beagá.