Novos protestos contra a MGB no Rola Moça

Movimento é contra atividades minerárias na região

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Moradores de Casa Branca e ambientalistas do Movimento Rola Moça Resiste voltaram a protestar na manhã desta quarta-feira, 28, contra a MGB – Mineração Geral do Brasil. Segundo os ambientalistas, a empresa continua com suas atividades de mineração na Mina Casa Branca, mesmo sem as licenças ambientais. No último dia 16 de abril, os movimentos já haviam protestado contra a circulação de caminhões pesados pela estrada que corta o Parque Estadual da Serra do Rola Moça e que dá acesso também à Casa Branca. O uso da estrada é proibido por lei e pelo Plano de Manejo da Unidade de Conservação.

Segundo uma das fundadoras do Movimento Coletivo Rola Moça Resiste, Vera Baumfeld, a manifestação de hoje teve o objetivo de chamar mais uma vez a atenção das autoridades e dos órgão de fiscalização ambiental sobre a proibição da circulação de caminhões de minério dentro do parque. “Não vamos permitir que os caminhões de minério da MGB circulem por essa estrada, causando um impacto imenso dentro do parque, que é uma unidade de Conservação Integral, além de colocar em risco os moradores da região que circulam pela pequena e sinuosa estrada que é o único acesso entre Belo Horizonte e Casa Branca. Depois do início da circulação destes veículos de grande porte, já tivemos um acidente com uma moradora da região. Essa estrada foi construída pelos moradores de Casa Branca e não comporta tráfego de caminhões com toneladas de minério”, ressalta Vera.

Ainda de acordo com Vera Baumfeld, existem dois processos na justiça em curso, um TJMG – Tribunal de Justiça de Minas Gerais e outro no TRF1 – Tribunal Regional Federal. A SEMAD – Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável tem prazo de 10 dias para se manifestar. A MGB não tem licença ambiental para operar na zona de amortecimento do parque. “A SUPRAM –Superintendência Regional de Meio Ambiente indeferiu o empreendimento minerário e a justiça já havia retirado da pauta a votação no COPAM – Conselho de Política Ambiental”, explicou Vera.

A MGB alega que as obras no local seguem as exigências da ANM – Agência Nacional de Mineração e que busca eliminar qualquer risco de rompimento das barragens da Mina Casa Branca.

Fotos: Samuel Macedo

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