Asfalto entre Aranha e Marinhos já apresenta várias rachaduras
Orçada em 14 milhões de reais, a obra ainda nem acabou, mas está cheia problemas estruturais
Fazer obra sempre é bom e necessário para o desenvolvimento do município. Transparência é um dever. E fazer direito e com qualidade, claro, é uma obrigação de um gestor público. Mas, infelizmente não parece ser esta a realidade e o compromisso da atual gestão em Brumadinho. Mais uma vez registramos obras milionárias mal feitas, sem planejamento, envolvendo recursos públicos, principalmente depois da tragédia-crime da Vale, que vem injetando milhões e milhões de reais aos cofres do município.
E uma dessas obras é a pavimentação da estrada que liga Aranha até o Distrito de São José do Paraopeba. Uma obra importante para os moradores, mas que está se tornando um problema sério e com vários questionamentos, antes mesmo de terminar.
Orçada em 14 milhões de reais, a obra que estaria sendo feita pela prefeitura de Brumadinho, já apresenta vários problemas estruturais. Imensas rachaduras e trincas já podem ser vistas no trecho próximo da comunidade de Lagoa, pouco depois de Aranha. Além disso, uma ponte foi construída no trajeto, completamente fora do eixo da estrada, criando uma curva perigosa pra quem passa por ela.
Essa é só mais uma das obras mal planejadas, feitas na correria, já que estamos chegando próximo do período eleitoral. Por diversas partes do município, várias são as reclamações de dinheiro público sem aplicado de forma irresponsável e que poucas semanas depois, é preciso realizar algum tipo de intervenção, para refazer os serviços.
Controversas na execução da obra
Em uma placa colocada pela prefeitura no início da obra, há apenas informações do número do contrato (019/2020), o valor estimado de 14 milhões de reais e que a obra é feita com recursos próprios. Mas, segundo informações apuradas, a obra estaria sendo paga pela própria Vale e executada através de uma empresa terceirizada. Fato é que, recentemente a obra foi paralisada, após um decreto do prefeito, em que proibia qualquer atividade da Vale e de empresas terceirizadas, que prestam serviços para a mineradora no município.