Câmara analisa nesta quinta-feira, 8, denúncia contra vereador Gabriel Parreiras

De acordo com o documento apresentado, o parlamentar teria realizado manobras financeiras para benefício próprio

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A Câmara Municipal de Brumadinho analisará nesta quinta-feira, 8, se aceita ou não a denúncia contra o vereador e pré-candidato a vice-prefeito de Brumadinho, Gabriel Parreiras, do PRD. A acusação é de que Parreiras teria realizado manobras financeiras para benefício próprio.

Segundo a denúncia, Parreiras teria recebido ressarcimentos de despesas médicas de forma irregular. As despesas, que justificariam o reembolso, foram realizadas em uma clínica da qual Parreiras é sócio-administrador. O agravante é que essas despesas médicas não eram cobertas pelo plano de saúde do vereador, o que tornaria o reembolso irregular.

Esta é a segunda denúncia contra Parreiras em menos de um mês. Em julho, o advogado e ex-diretor da Câmara Municipal, Cláudio Teixeira, questionou a apresentação de notas fiscais da própria empresa de Parreiras para obter o reembolso de despesas médicas disponibilizado pela Câmara. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra que Parreiras foi reembolsado no valor de R$ 1.427,00 em 13 de maio de 2022, o que representa mais de 70% do valor total de R$ 2.622,00. Teixeira alegou que isso seria uma manobra para benefício próprio.

A denúncia detalha que o valor total envolvido é de R$ 2.622,00, dividido em três valores: R$ 790,00, R$ 637,00 e R$ 400,00, referentes a compras da própria empresa e a uma fatura do plano de saúde paga pela empresa. Os documentos apresentados incluem comprovantes de pagamento à clínica e solicitações de reembolso. Na nota fiscal da Clínica Médica e Odontológica Mais Saúde, da qual Parreiras é sócio-administrador, ele aparece como tomador do serviço. Teixeira afirmou que Parreiras fez uma “jogada financeira em benefício próprio” e que pegou o dinheiro de volta na Câmara.

A reportagem do jornal Folha de Brumadinho entrou em contato com Gabriel Parreiras para comentar as denúncias. Em nota, o vereador alegou estar sendo vítima de perseguição política, especialmente após anunciar sua unificação com o pré-candidato a prefeito, Guilherme Morais. Parreiras também destacou que os fatos ocorreram em 2022.

Se a denúncia for aceita pela Câmara, o vereador pode ter seu mandato cassado e ficar inelegível.

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