Guilherme Morais é acusado de apresentar série de documentos falsos à Justiça Eleitoral

Candidato teria falsificado documentos como, selos, atas e o registro de renúncia com data diferente

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O candidato a prefeito de Brumadinho, Guilherme Morais, do PSD, está no centro das atenções políticas novamente. Desta vez, ele é acusado de apresentar uma série de documentos falsos à Justiça Eleitoral. De acordo com a denúncia, após o pedido de impugnação feito no último, 17, pelo Promotor Rodrigo Augusto Fragas de Almeida, do Ministério Público Eleitoral (MPE), pedindo a impugnação do seu Registro de Candidatura, Guilherme teria entrado na semana passada com um recurso.
Mas, entretanto, a defesa de Guilherme Morais teria falsificado documentos como, selos, atas e o registro de renúncia com data diferente.

O Ministério Público pediu a impugnação de sua candidatura pelo fato de o ex-vereador ter renunciado a seu mandato em meio a um processo de cassação.

A ação é baseada no artigo 1º, inciso I, alínea “K” da Lei Complementar nº 64/1990, da Ficha Limpa, que torna inelegíveis os mandatários que renunciam a seus cargos após o oferecimento de denúncias, como foi o caso de Guilherme.

Entenda o caso:

No dia 23 de março de 2023, o então vereador Guilherme Morais renunciou seu mandato após serem protocoladas duas denúncias, uma de estelionato e a outra de quebra de decoro parlamentar em razão de acusação de assédio sexual. As denúncias foram protocoladas no dia 22 de março de 2023, conforme ata da 4ª Sessão Ordinária – 3ª Sessão Legislativa da 19ª Legislatura. O pedido de renúncia foi feito pelo próprio Guilherme no dia 23 de março, minutos depois do início da sessão plenária.

Agora, com o pedido de impugnação do Ministério Público, Guilherme enviou documentos alegando que ele pediu a renúncia antes das denúncias, no dia 21 de março. Mas, no site da justiça eleitoral consta um documento com um suposto protocolo da Câmara de Brumadinho, que não existe. Nesse documento também consta um selo que não foi localizado no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Ainda de acordo com a documentação apresentada, há uma ata notarial falsa, na qual um tabelião atesta que abriu o site da Câmara e localizou esse documento de renúncia. Porém, tal documento não existe no site e o selo da ata seria falso. Além disso, o registro que teria sido feito em cartório de BH, apresenta selo de um cartório de Ibirité.

O jornal Folha de Brumadinho procurou a defesa do candidato Guilherme Morais para comentar sobre as acusações, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno.

Foto: Divulgação

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