A falta de água continua sendo um dos maiores problemas para diversas localidades de Brumadinho. Mesmo sendo responsável por abastecer aproximadamente 35% da população da região Metropolitana de Belo Horizonte, Brumadinho vive diariamente o drama da falta de água. Na manhã de hoje, 23, moradores de Casa Branca foram até à Câmara Municipal, cobrar providências da prefeitura e dos vereadores do município sobre a falta de água.
Residências nos bairros da região de Casa Branca, como por exemplo, Parque das Águas, chegam a ficar até 15 dias sem água. O drama se repete também em outras localidades do município. Há pelo menos um ano, o jornal Folha de Brumadinho vem denunciando os problemas com o fornecimento de água, o que virou um jogo de empurra entre prefeitura e Copasa.
O abastecimento de água é um problema antigo no município e já virou tema de audiências públicas, matérias jornalísticas nos principais veículos de imprensa, além de denúncias no Ministério Público. Enquanto isso, a Vale realiza uma obra para a Copasa, orçada em mais de 400 milhões de reais, para garantir água à região metropolitana de Belo Horizonte. O acordo para a realização desta obra envolve Vale, governo de Minas e instituições de Justiça.
A gigantesca obra está sendo feita para substituir a antiga captação de água do Rio Paraopeba, que foi totalmente danificada pelo rompimento da barragem em 2019. A nova captação está sendo feita na região da Ponte das Almorreimas.
Pelo contrato estabelecido entre a Prefeitura e a Copasa, em 2008, a empresa já deveria estar realizando o abastecimento total e o tratamento do esgoto em várias localidades do município. Mas, nesses mais de 12 anos de contrato, pouco ou quase nada foi feito no município pela companhia.
O jornal Folha de Brumadinho procurou a Prefeitura para falar sobre a situação. Em nota, o órgão disse que participou de uma reunião na manhã desta quarta-feira, 23, com representantes da Associação de moradores de Casa Branca e cobrou soluções da Copasa. A empresa informou que irá iniciar uma obra emergencial em 15 dias para melhorar a captação de água no bairro.
Depois das inúmeras reclamações feitas na Câmara Municipal, 3 audiências públicas foram agendadas para o mês de outubro, para discutir o problema.