A agência da Organização Mundial da Saúde (OMG) afirmou que deve declarar, ainda este mês de julho, o aspartame, um dos adoçantes mais comuns do mundo, como potencialmente cancerígeno. E quais outros alimentos são cancerígenos? As pessoas devem parar de consumi-los?
Os alimentos cancerígenos são um tema importante, pois podem contribuir para o desenvolvimento de doenças graves, como o câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou e classificou certos alimentos e substâncias como potencialmente carcinogênicos, ou seja, com a capacidade de aumentar o risco de câncer em seres humanos. Por essa razão, a conscientização sobre a influência desses alimentos na saúde é fundamental para adotar escolhas alimentares mais saudáveis e reduzir os fatores de risco para o câncer.
É importante ressaltar que a presença de alimentos potencialmente cancerígenos não significa que os consumir levará imediatamente ao desenvolvimento da doença. O risco de câncer está associado a diversos fatores, incluindo predisposição genética, estilo de vida, ambiente e exposição a agentes carcinogênicos. Entretanto, alimentos embutidos, como salsicha e presunto, alimentos açucarados, como refrigerantes, além de bebidas alcoólicas, podem aumentar essas chances de desenvolver cânceres.
De acordo com Silvia Carvalho, nutricionista do Hospital Cetus Oncologia, outro ponto importante para se observar é o processo de cozimento dos alimentos, que pode influenciar seu potencial cancerígeno. “Ao assar ou grelhar os alimentos, no ponto de criar crostas queimadas, principalmente nas carnes, pode-se formar acroleína, uma substância química extremamente prejudicial à saúde dos seres humanos”, explica. Além disso, a reutilização de óleos para fritura também aumenta a formação da acroleína. Ela lembra, também, que o ideal é sempre ingerir alimentos orgânicos ou os da estação, pois contem menor quantidade de agrotóxicos. Além disso, todas as frutas, verduras e legumes devem ser higienizados antes do preparo e consumo.
Ainda segundo a especialista, os aditivos químicos são compostos usados para intensificar ou modificar propriedades nos alimentos, como melhorar sabor e dar textura, entretanto, podem aumentar o risco de câncer, promovendo erros no processo de multiplicação das células. “Uma dieta diversificada com frutas, verduras e legumes rica em vitaminas, minerais e fibras contribui para um bom funcionamento do intestino e contém compostos antioxidantes que são protetores do nosso organismo. Além de necessários para diminuir a probabilidade de desenvolver câncer”, afirma.
De acordo com Daiana Ferraz, oncologista do Hospital Cetus Oncologia, alguns alimentos potencialmente cancerígenos mais comuns incluem carnes processadas, como salsichas e bacon, além de alimentos defumados, alimentos ricos em gorduras saturadas, alimentos ricos em açúcar refinado e alimentos contaminados com aflatoxinas, uma substância produzida por fungos, alimentos como estes estão frequentemente relacionados com tipos como o câncer colorretal, câncer de estômago, câncer de esôfago e câncer de mama. Além disso, outros fatores de risco podem influenciar a relação com o desenvolvimento de câncer, como histórico familiar de câncer, tabagismo, exposição a agentes carcinogênicos ambientais, obesidade, falta de atividade física e consumo excessivo de álcool.
A especialista ainda ressalta que a quantidade e a frequência do consumo desses alimentos podem desempenhar um papel importante na relação com o câncer. Em geral, consumir grandes quantidades de alimentos potencialmente cancerígenos com frequência aumenta o risco em comparação com o consumo esporádico e moderado. “A moderação no consumo desses alimentos, juntamente com uma dieta equilibrada e um estilo de vida saudável, pode ajudar a reduzir os riscos associados”, finaliza a oncologista.
Fonte: Agenda Comunicação Integrada/Assessoria de Imprensa