Depressão infantil cresce no Brasil e impacta a educação

O número de casos aumentou de 4,5% para 8%, entre crianças de 6 a 12 anos, em uma década

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A depressão infantil cresce no Brasil, gradativamente, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de casos aumentou de 4,5% para 8%, entre crianças de 6 a 12 anos, em uma década. A estimativa é de 1% a 2% de ocorrências entre crianças, ainda na idade pré-escolar. Em um contexto pandêmico, esse quadro se agrava e compromete ainda mais a educação infantil. 

A neurocientista e psicopedagoga, Ângela Mathylde Soares, alerta pais,  professores e pessoas próximas sobre os sintomas e impacto da doença no processo de  aprendizagem.  “A depressão compromete o aprendizado, pois, quando a criança está deprimida, fica ansiosa e, isso contribui para a perda de foco, dificulta a concentração e provoca problemas de memória. Portanto, é necessário atenção a essas mudanças de comportamento”, observa.

Com a pandemia e o isolamento social, os casos foram cada vez mais comuns. Os  sintomas da depressão, como irritabilidade, humor depressivo, perda de interesse pelas coisas que gostava de fazer, falta ou excesso de apetite e sentimento de culpa foram muito presentes na rotina das crianças, pois se viram diante de uma situação nova com a qual não sabiam lidar. 

Ângela explica que o tratamento da depressão infantil é semelhante ao tratamento com adultos, entretanto, devido à dificuldade que a criança possui de verbalizar os seus sentimentos, é interessante o uso de ferramentas mais lúdicas. “Os pequenos apresentam uma ludicidade daquilo que vivem e, assim, é interessante uma terapia com desenhos, brincadeiras e dramatizações para verbalizar os sentimos de forma segura”, destaca.

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