Segundo dados do Ministério da Saúde, a partir do relatório Vigitel, Minas Gerais ocupa o 2º lugar no ranking de estados com maiores índices de hipertensão arterial, com 27,7%; Minas fica atrás apenas do Rio de Janeiro, que possui incidência de 28,1%. Os números são preocupantes, já que a hipertensão é uma doença silenciosa e matou 551.262 brasileiros de 2010 a 2020. Popularmente conhecida como “pressão alta”, a hipertensão é uma doença crônica que atinge um número alarmante de brasileiros. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 38 milhões de pessoas sofrem com a doença no país.
A hipertensão é caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias, o que pode causar danos aos órgãos e levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares, derrames cerebrais, insuficiência renal e até mesmo a morte.
Segundo o cardiologista do Hospital Semper, Francisco Rezende, a hipertensão é considerada uma doença silenciosa porque muitas vezes não apresenta sintomas evidentes. “Na maioria das vezes a hipertensão é assintomática, então geralmente só descobrimos que o paciente é hipertenso após um AVC, algum acidente, ou algo do tipo. Daí a importância de se aferir a pressão arterial com frequência”, alerta o médico.
Entre os fatores de risco para a hipertensão estão a obesidade, as condições socioeconômicas, sedentarismo, consumo excessivo de sal e álcool, tabagismo, consumo de drogas ilícitas, uso abusivo de corticoides e contraceptivos, apneia do sono e o histórico familiar da doença. “A hipertensão arterial é uma doença multifatorial, ou seja, é causada por diversos fatores que podem estar associados. Por isso, é importante adotar hábitos saudáveis desde cedo, principalmente atividades físicas regulares, e manter um acompanhamento médico regular”, explica o cardiologista.
O tratamento da hipertensão arterial inclui a adoção de mudanças no estilo de vida, como a prática regular de atividades físicas, a redução do consumo de sal e álcool e a perda de peso, quando necessário. Além disso, é comum a prescrição de medicamentos para controlar a pressão arterial.
“O tratamento da hipertensão deve ser individualizado, de acordo com as características de cada paciente. É fundamental seguir as orientações médicas e manter um acompanhamento regular para evitar complicações e garantir uma boa qualidade de vida. O primeiro passo é a modificação dos hábitos e condições de vida do paciente, para então entrarmos com os medicamentos. Praticamente todo paciente hipertenso tem tratamento, e as vezes pode nem precisar de medicamentos”, conclui o cardiologista Francisco Rezende.
Diante da gravidade da doença, é importante que as pessoas fiquem atentas aos sintomas e adotem hábitos saudáveis para prevenir e controlar a hipertensão arterial. Manter a pressão controlada ajuda a prevenir acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca e renal e infarto. Afinal, cuidar da saúde é fundamental para garantir uma vida plena e sem complicações.