A inovação é uma característica da medicina e, felizmente, associada à tecnologia e pesquisas constantes, proporciona a descoberta de curas e o frequente lançamento de equipamentos e remédios. O glaucoma, por exemplo, é uma doença ocular crônica comum, atingindo mais de 150 mil brasileiros, a cada ano. A maioria das pessoas acredita que o único tratamento é usar colírio o resto da vida, quando, na verdade, já existe a cirurgia: a SLT (Selective Laser Trabeculoplasty).
Segundo a médica oftalmologista e diretora do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Juliana Guimarães, o procedimento não é invasivo e nem causa dor. O laser baixa a pressão do globo ocular, facilitando a saída do humor aquoso, um líquido composto de água e sais com a função de nutrir a córnea e regular a pressão do olho. A verdade é que o glaucoma aumenta a pressão intraocular, comprometendo o nervo que liga o olho ao cérebro e, aos poucos, a pessoa perde a visão até ficar cega.
As principais vítimas têm mais de 40 anos, contudo, o problema ocorre em qualquer idade. Outros fatores influenciadores são a hereditariedade, uma vez que 6% dos pacientes apresentam casos familiares; diabetes ou pessoas pretas. Os sintomas incluem a lenta perda da visão, vermelhidão e dores nos olhos, dores de cabeça, a percepção de halos ao redor de luzes e náuseas ou vômitos, a visão distorcida ou embaçada.
A profissional também garante outra notícia importante para quem tem glaucoma: um implante, chamado “iStent”, podendo ser utilizando quando a pessoa vai passar por uma cirurgia de catarata. O procedimento permite controlar ou reduzir as chances de desenvolvimento da patologia.
O implante do iStent reduz a pressão intraocular, rapidamente, da mesma forma que o SLT, facilitando a saída do humor aquoso. É importante alertar que esse método só pode ser executado após a realização de exames avaliativos da estrutura ocular. Contudo, o alerta é que não solucionará o aumento da pressão de quem já passou por crise de glaucoma agudo ou secundário e doenças da córnea, entre outras anormalidades.
Fonte: Multi Comunicar