Nessa quinta-feira, dia 14 de novembro, foi comemorado o Dia Mundial do Diabetes. A data busca conscientizar sobre a crescente prevalência da doença, que afeta mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF). No Brasil, os números preocupam e reforçam a necessidade de ações preventivas e de educação em saúde.
Um dos medicamentos utilizados por diabéticos, o Ozempic tem sido amplamente utilizado para fins de perda de peso, mesmo por pessoas que não possuem diabetes. No entanto, seu uso indiscriminado levanta preocupações devido aos potenciais efeitos colaterais e riscos à saúde, especialmente quando feito sem supervisão médica.
O clínico geral Zaleski Kaniski, do Hospital Semper, alerta que o uso de Ozempic sem acompanhamento médico pode causar hipoglicemia, especialmente em pacientes que utilizam outros medicamentos para diabetes, como insulina ou sulfoniluréias.
Ele também destaca o risco de desidratação e desequilíbrios eletrolíticos devido a efeitos colaterais como náuseas, vômitos e diarreia. “Para pacientes diabéticos que utilizam Ozempic sem supervisão, esses efeitos podem ser agravados, resultando em consequências graves. O uso inadequado do medicamento também pode desviar o foco do controle abrangente do diabetes, que inclui ajustes na dieta, prática de exercícios e monitoramento glicêmico regular”, afirma.
Kaniski destaca que o uso do Ozempic como medicamento para emagrecimento em pessoas sem diabetes ou com sobrepeso moderado tem gerado uma grande demanda, comprometendo o acesso para aqueles que dependem da medicação para o controle glicêmico. “Além disso, o uso inadequado por razões estéticas pode mascarar o tratamento de outras condições e resultar em efeitos colaterais atraentes. Isso eleva o risco de desabastecimento do medicamento para os pacientes que realmente precisam do tratamento”, alerta.
O clínico geral do Hospital Semper, recomenda que pacientes nunca comecem o uso sem consulta médica e que sigam as instruções de dosagem rigorosamente.
Ele informa ainda que existem diversas alternativas para o controle glicêmico, como agonistas do GLP-1 (ex.: liraglutida), inibidores de SGLT2 (como empagliflozina) e medicamentos orais tradicionais, como metformina e sulfoniluréias. “A escolha da medicação ideal deve considerar o perfil do paciente, comorbidades (como doenças cardiovasculares), idade e preferências pessoais. Quanto à perda de peso, é essencial avaliar se o medicamento contribui tanto para o controle glicêmico quanto para a redução de peso, sempre priorizando segurança e adequação ao tratamento global do diabetes”, finaliza.
Fonte: Agenda Comunicação Integrada/Assessoria de Imprensa