Trombose é cada vez mais comum no Brasil e pode ser fatal

Fatores: idade avançada, o sedentarismo, obesidade, aterosclerose – colesterol alto – a genética, o consumo de álcool, o hábito de fumar e longos procedimentos hospitalares

Compartilhe!

A atenção para a saúde vascular não é tão grande quanto deveria, e esta falta de preocupação pode ser muitas vezes, fatal. O Brasil tem lidado a cada ano, com um aumento no número de internações por trombose, e em seu dia mundial, os profissionais buscam conscientizar a população sobre seus efeitos e riscos.

A trombose venosa profunda é a formação de um coágulo de sangue nas veias, principalmente nos membros inferiores, onde a circulação é mais lenta, contudo, pode acometer outras regiões do corpo, como os braços.

Para o cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Josualdo Euzébio Silva, uma das maiores preocupações para a trombose está em seu caráter silencioso, sobretudo, quando no início. Após uma evolução no quadro, os indivíduos passam a notar algumas alterações no local atingido, como dores, principalmente ao caminhar, inchaço, além da mudança na cor, temperatura e textura da pele.

O risco também está na embolia pulmonar, que pode ser fatal. Este acontece quando o trombo se desprende de seu local de origem e chega ao pulmão, obstruindo-o, levando e alarmantes sintomas, como a iminente dor no peito, falta de ar, tosse seca ou com a presença de sangue, alterações nos batimentos cardíacos, sudorese, tontura e até desmaios.

Existem diferentes fatores de risco que influenciam o surgimento da trombose, entre eles, a idade avançada, o sedentarismo, obesidade, aterosclerose – colesterol alto – a genética, o consumo de álcool, o hábito de fumar e longos procedimentos hospitalares, que além de serem invasivos, envolvem a necessidade de repouso.

O médico recorda que mulheres possuem dois motivos extras: o período da gravidez, e os anticoncepcionais. Em um caso recente, ocorrido nos Estados Unidos, uma jovem de 22 anos foi diagnosticada com um coágulo de 60 centímetros, após ter iniciado o consumo do medicamento para evitar a gravidez. Ela estava sentindo muitas dores e notou o aparecimento de uma mancha vermelha na perna, o coágulo estava próximo a uma veia importante, que poderia levá-lo ao pulmão.

Os motivos apenas reforçam a importância de manter visitas regulares com um angiologista. Na consulta, o profissional estará analisando o histórico familiar e realizando o exame físico, se necessário, pedidos complementares serão realizados. Neste momento, também é essencial tirar dúvidas.

Existem atividades, como viagens, que requerem ainda mais atenção e necessidade de realizar uma consulta. Josualdo alerta que passar muito tempo sentado, em locais apertados, contribui para o surgimento da “trombose viajante”, por isso, é essencial saber as condições da saúde vascular, ter uma indicação de meias de compressão de nível adequado, e seguir as recomendações, como evitar roupas e calçados apertados, assim como tentar fazer pausas para levantar, caminhar e fazer alguns exercícios para a circulação.

O tratamento mais comum é feito com uso de anticoagulantes, que servem para dissolver os coágulos, mas em casos graves, cirurgias para controle podem ser realizadas, buscando garantir ao paciente, uma melhor qualidade de vida através da segurança.

Fonte: Multi Comunicar/ assessoria de comunicação

Compartilhe!