O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais retomou nesta quarta-feira, 12, as buscas pelos desaparecidos no rompimento da barragem B1 da Vale, em Córrego do Feijão. A operação estava suspensa desde o dia 17 de março, devido às restrições impostas pela pandemia. O governo de Minas havia decretado onda roxa, o que impediu as ações de buscas no local da tragédia.
O rompimento da barragem completa 2 anos 4 meses no próximo dia 25 de maio e deixou 272 mortos. Onze pessoas ainda estão desaparecidas. A operação de resgate em Brumadinho é considerada a maior da história do Brasil e já mobilizou quase 4 mil militares desde 2019, ano da tragédia.
Para os familiares das vítimas do rompimento da barragem, o retorno das operações de buscas traz um alento. Eles ressaltam a importância de poder encontrar os corpos e dar às vítimas um enterro digno.
A operação e a Vale
A mineradora Vale informou, por meio de nota, que está dando total apoio à operação e garantiu que a empresa adaptou procedimentos para cumprir os protocolos de saúde recomendados pelos órgãos competentes e legislações vigentes. Os acessos às áreas de busca receberam melhorias e novas vias foram abertas, ampliando a capacidade para acessar toda a área que recebeu os rejeitos. Essas vias também são fundamentais para a segurança dos Bombeiros e dos envolvidos durante a operação.
Ainda segundo a empresa, as condições de manejo dos rejeitos melhoraram com obras de drenagem das áreas impactadas. Para isso, foram construídos canais de desvio de águas superficiais que evitam o umedecimento do rejeito, além das medidas fitossanitárias adotadas. “Todas essas ações foram previamente alinhadas com o Corpo de Bombeiros e têm o objetivo de melhorar as condições de buscas para a Corporação”, afirmou o Gerente de Implantação de Obras da Vale, Eduardo Neves.
Além das melhorias em campo, a Vale está prestando apoio logístico aos militares que atuarão nas buscas pela Corporação, que estão se deslocando de diferentes cidades de Minas Gerais. Além dessa assistência, a empresa viabilizou os testes PCR necessários e fornecerá um kit diário para cada oficial, com máscaras N95, PFF2 ou equivalente.
Imagem: Divulgação/Vale