Imagens enviadas ao jornal Folha de Brumadinho mostram dezenas de sacos com os peixes que foram retirados mortos de dentro do Rio Paraopeba. Segundo fontes ouvidas pela nossa reportagem, o recolhimento dos animais mortos teria ocorrido entre Brumadinho e Juatuba, durante esse sábado, 12.
O trecho vive sob impactos do rompimento da barragem B1 da Vale, ocorrido em janeiro de 2019, quando a tragédia matou 272 pessoas e provocou uma série de problemas ambientais, inclusive com a invasão da lama no Rio Paraopeba. Mas, ainda não se sabe se a mortandade dessas espécies tem relação com os rejeitos da barragem ou qualquer outra atividade minerária na região.
O jornal Folha de Brumadinho entrou em contato com a Vale para falar sobre o ocorrido. Em nota, a empresa informou que desde sexta-feira, 11, verificou-se o início da mortandade de peixes no Rio Paraopeba após as primeiras chuvas fortes na região da bacia hidrográfica, entre os municípios de São Joaquim de Bicas, Juatuba e Betim, a cerca de 34 quilômetros da confluência do Ribeirão Ferro-Carvão e o Rio Paraopeba.
“A Vale reportou o caso aos órgãos ambientais competentes imediatamente e permanece com o monitoramento na região para determinação da extensão do evento, conforme preconizado no Programa de Atendimento à Mortandade de Peixes do Plano de Reparação Socioambiental da Bacia do Rio Paraopeba. Adicionalmente, análises dos peixes recolhidos e da qualidade da água serão realizadas para identificar as possíveis causas,” diz o texto.
Nossa redação também tentou contato com a Semad – Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.