O dia começou com muita tensão na Aldeia Kamakã Mongoió, localizada em Córrego de Areias, na região de Casa Branca, em Brumadinho. Indígenas de diversas etnias, com o apoio de várias organizações sociais, participaram de atos em defesa do território.
A Vale pediu à justiça tutela inibitória para impedir o sepultamento do Cacique Merong Kamakã Mongoió no local. A decisão judicial saiu ainda na noite dessa terça-feira, 5, e foi expedida pela juiza federal, Geneviève Grossi Orsi, da 8ª Vara Federal Civil da SSJ de Belo Horizonte.
Ainda durante a manhã, uma oficial de justiça foi até o local para intimar sobre a decisão, mas o Cacique Merong já havia sido sepultado. O Ministério Público Federal entrou com embargos declaratórios para suspender a liminar.
A mineradora move uma ação na justiça para a reintegração de posse do local.
Em nota, a Vale reiterou seu pesar pelo falecimento do cacique Merong e se solidarizou com seus familiares e comunidade indígena. A empresa informou ainda que respeita os povos indígenas e seus ritos de despedida e busca construir uma solução com a comunidade que preserve suas tradições, dentro da legalidade.