Justiça concede liminar para impedir sepultamento de indígena na Aldeia Kamakã Mongoió, em Casa Branca

Desde o início da manhã, o clima de tensão se instalou na território com a possibilidade da ação das policiais militar e federal

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A decisão foi dada na noite desse terça-feira, 5, pela juiza federal Geneviève Grossi Orsi, da 8ª Vara Federal Civil da SSJ de Belo Horizonte. A Vale pediu a justiça tutela inibitória que impeça o sepultamento no imóvel do indígena do Cacique Merong Kamakã Mongoió, na Aldeia Kamakã Mongoió, na região de Casa Branca.

Merong morreu na última segunda-feira, 4. O indígena estava em sua casa e foi encontrado por familiares ainda com sinais de vida, mas veio a falecer poucas horas depois. A Polícia Federal investiga morte de Merong.

O clima neste momento é de tensão no território ocupado pelos indígenas, já que a qualquer momento a Polícia Federal pode chegar no território. Durante a manhã, uma oficial da justiça federal esteve no local para a entrega da intimação. O Ministério Público Federal entrou com embargos pedindo a suspensão da liminar.

O jornal Folha de Brumadinho procurou a Vale para falar sobre a decisão judicial. Em nota, a empresa reiterou seu pesar pelo falecimento do cacique Merong e se solidariza com seus familiares e comunidade indígena. A Vale informou ainda que respeita os povos indígenas e seus ritos de despedida e busca construir uma solução com a comunidade que preserve suas tradições, dentro da legalidade.

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