De 6 a 15 de setembro, organizações sociais com atuação em Brumadinho e seus distritos podem se inscrever na edição 2021 do Programa Valorizar. A iniciativa da Vale, que também está presente em Barão de Cocais e Santa Bárbara, tem como objetivo reconhecer e impulsionar projetos que impactam a realidade das comunidades locais.
“As organizações sociais têm um papel fundamental na melhora de vida das comunidades. Para isso, elas precisam ser fortalecidas e entender seus direitos. E o Valorizar vem no sentido de contribuir com o incremento do capital humano e social”, explica a analista da Gerência de Fomento Econômico, Fernanda Victório.
Com duração de aproximadamente um ano, cada edição do programa é dividida em quatro etapas. Primeiro, as organizações inscritas participam de capacitações para a elaboração e o refinamento de seus projetos. Em seguida, apresentam suas propostas em uma das categorias previstas no edital. As quatro melhores iniciativas de cada categoria são premiadas com recursos financeiros e recebem assistência técnica para sua viabilização.
Lançado em Brumadinho em 2018, o programa já investiu mais de R$ 2 milhões em 36 projetos locais. Somente em 2020, 52 organizações participaram na primeira etapa do programa no município. Mais de 100 pessoas foram capacitadas, o que resultou em 42 projetos apresentados no edital. Desses, 30 foram premiados em uma das nove categorias do programa. Com o apoio financeiro e as consultorias, as organizações beneficiadas vêm conseguindo se fortalecer e aplicar soluções que otimizam os projetos sociais.
Gustavo Morais é presidente da Associação Comunitária de Suzana (AMOCOS). Em 2020, a organização ficou em segundo lugar na categoria Assistência Comunitária. Com o prêmio recebido, está conseguindo aprimorar sua estrutura física e, com isso, ampliar os serviços e benefícios oferecidos aos moradores. “Estamos construindo uma cozinha comunitária com fogão a lenha e forno para queima de cerâmica”, conta Morais. O objetivo, segundo ele, é fomentar a economia local, facilitando o trabalho dos produtores e ampliando as possibilidades de geração de renda para a população. “Temos muitos ceramistas na comunidade, nossa ideia é que eles usem a estrutura e capacitem outros moradores a utilizarem o forno”.
Morais explica que o processo da queima da cerâmica é longo e custoso. “Gasta-se cerca de 15 horas e uma enorme quantidade de lenha, o que torna o processo praticamente inviável se feito individualmente. Por isso, vamos fazer queimas coletivas periodicamente, otimizando assim os recursos”.
Outra conquista da associação foi a compra de barracas para a realização de feiras. “Queremos realizar feiras em Suzana para a comercialização dos produtos locais. Com as estruturas adquiridas, podemos inclusive levar nossos produtos para comunidades próximas, fortalecendo assim a comercialização dos produtos e a geração de renda na nossa comunidade”, comemora.
As inscrições para o Programa Valorizar 2021 podem ser feitas aqui